domingo, 14 de dezembro de 2014

Radiação e Gestação não combinam!

Muitas mulheres grávidas se interrogam quanto ao efeito que as radiações poderão ter sobre o seu filho. Em geral, é melhor evitar nos primeiros 3/4 meses de gravidez.
As radiografias utilizam raios “X”, capazes de danificar o DNA e de gerar radicais livres.

Todavia, com os aparelhos atuais, ao tirar uma única radiografia está exposta a doses de radiação muito abaixo do limiar crítico para o feto. A exposição a doses altas, no entanto, pode comportar riscos, agrupados em três categorias:

  • Tumores: A exposição intra-uterina a doses altas de radiações acarreta um leve aumento dos tumores infantis, sobretudo leucemias. A percentagem de leucemia é normalmente de 3,5 para cada 10 000 crianças e passa a 5 para 10 000 para as crianças expostas, na vida intra-uterina, a altas doses de radiações.
  • Malformações fetais: Altas doses de radiações causam alteracoes no sistema nervoso central, provocando atrasos mentais e microcefalia. Tais danos são manifestados quando a exposição ocorre entre a 10º e a 17º semana de gravidez. Assim, é preferível não se submeter a radiografias neste período.  
  • Mutações nos genes do embrião: As doses altas de radiações podem provocar modificações nos genes do embrião que serão transmitidas às gerações seguintes. Em todo o caso as doses que podem provocar tais mutações são muito superiores às que são empregues nas radiografias comuns.
Resumindo pode-se afirmar que quando se é submetido a uma única radiografia o risco para o feto é insignificante devido às doses baixas a que se está exposto. Assim, se a doença de mãe necessita do uso de raios X não deverão existir hesitações na prescrição do exame necessário.

Por outro lado os raios X não urgentes deverão ser evitados entre a 10ª e 17ª semana de gravidez, o período de maior sensibilidade do sistema nervoso central do feto.

Em se tratando de gravidez, embora os riscos ligados a radiografias diagnósticas sejam baixos, os especialistas recomendam que as gestantes adiem mesmo assim exames não urgentes para depois do parto. Se o seu médico considerar que um raio X é necessário para algum problema específico, procure se tranquilizar, lembrando que a quantidade de radiação que o bebê receberá estará provavelmente dentro de uma faixa de segurança.
Mas não é porque o paciente irá receber pouca radiação, que eu não devemos protegê-lo. O uso de coletes de chumbo conhecidos como “Vestimenta Plumblífera” é OBRIGATÓRIO. Esta vestimenta deve estar presente em todos os consultórios e clinicas radiológica, e devem ser colocadas nos pacientes antes das tomadas radiográficas.
Por este motivo é importante que no dia do exame, não deixe de mencionar que está grávida, assim poderá ser mais bem protegida com uma espécie de colete de chumbo.

Se você trabalha em um ambiente próximo a fontes de radiação, converse com seu chefe sobre formas de reduzir ou eliminar a sua exposição.

No caso de ter sido submetida a sessões de radioterapia antes de saber que estava grávida, pergunte ao oncologista sobre a quantidade de radiação a que o bebê pode ter sido exposto, e converse com seu obstetra sobre possíveis exames genéticos e ultrassons mais detalhados do bebê.

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