quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Tamanho do Foco - Raios X

O fator tamanho refere-se ao tamanho do foco. FOCO FINO e FOCO LARGO ou FOCO GROSSO.

FOCO DE RAIOS X ou PONTO FOCAL: sabemos que é o ponto de placa do anódio onde os elétrons bombardeiam, produzindo em consequência raios x. Existem ampolas cuja placa apresenta dois pontos focais, um maior que o outro. Ao ponto onde os elétrons bombardeiam em área menor, dá-se o nome de FOCO FINO e ao ponto onde a área de incidência é maior, FOCO LARGO ou FOCO GROSSO.

Ao fato de existirem dois pontos focais, é devido ao catódio ser provido de dois filamentos, um maior que o outro.

Quando é aquecido o filamento menor, logicamente os elétrons atraídos bombardearão o anódio em área menor, dada a menor espessura do feixe eletrônico. Isto é óbvio, pois sendo menor o filamento, menos espesso será o feixe eletrônico, o que torna os elétrons mais compactos e, por conseguinte, os raios x produzidos serão mais atenuantes, por serem também mais compactos mais unidos por assim dizer.

É por isso que nos utilizamos do foco fino quando desejamos executar uma técnica, de modo que a radiografia obtida apresente os mínimos detalhes, permitindo assim uma leitura mais profunda, para um laudo mais preciso.

A falta de detalhes apresentada por uma radiografia feita em Foco Grosso, é consequência da zona de penumbra que o mesmo produz na imagem radiográfica.
Como sabemos, as linhas de definição de uma radiografia, não devem exceder de 1/7 mm, e a zona de penumbra na imagem, em certas circunstâncias, excede em muito este limite, como por exemplo, quando a distância do objeto do filme é grande.

Tentaremos, através do esquema abaixo, tornará mais compreensível ao que se acabou de relatar.

Sem dúvida nenhuma as radiografias feitas com foco fino são bem mais detalhadas que as feitas com foco grosso, porém, para determinados exames é desaconselhável o uso do foco fino como, por exemplo, do coração e vasos no caso dos exames de tórax e, do tubo digestivo e outros nas radiografias de abdômen.

Estes órgãos, devido aos movimentos que lhes são próprios, isto é, movimentos involuntários que são os movimentos que ocorrem em nosso corpo independente de nossa vontade (diástole e sístole do coração, circulação sanguínea, peristaltismo do tubo digestivo) devem ser radiografados dentro do menor espaço de tempo possível e para isso é necessário alta mA para compensar o pouco tempo de exposição. O foco fino, não resiste a alta miliamperagem com pouco tempo de exposição; fatalmente se funde.

Os fabricantes, a fim de preservar o tubo, constroem os aparelhos com calibragem adequada, impossibilitando a aplicação de maior mA mesmo que deseje.

Órgãos cujos movimentos podemos controlar, por serem dependentes de nossa vontade, como os ossos dos membros e extremidades, da cabeça, articulações, etc., podem ser radiografados como foco fino, utilizando-se baixa miliamperagem, compensada com maior tempo de exposição, sem o risco de se fundir.

O foco grosso, apesar de não produzir raios x em condições tão boas quanto aos produzidos no foco fino, tem a vantagem de suportar alta mA, permitindo-nos radiografar o órgão em frações de segundo, sem o risco de se fundir. O prejuízo do detalhe é compensado com a vantagem de poder-se utilizar o foco grosso para todo e qualquer exame.

Os focos são controlados por um dispositivo especial, situados na mesa de comando, denominado COMUTADOR DE FOCO.

Quando se liga a corrente para o filamento menor, automaticamente é desligado do filamento maior e vice-versa, não havendo possibilidade de se aquecerem ao mesmo tempo, o que certamente causaria danos a ampola.

Para termos noção do foco que está sendo utilizado, o comutador indica por meio de sinais característicos, pintados ou gravados na mesa de comando, facilmente compreensíveis, geralmente representados por números (1 e 2), por letras ( F e G), por algarismos romanos (I e II), por dois traços, sendo um mais espesso que o outro, havendo também alguns escritos por extenso (fino e grosso) e etc.

Devemos sempre estar atentos na hora da realização ao foco que estaremos utilizando pois ele poderá prejudicar drasticamente a imagem processado no filme radiográfico, acarretando em mais uma exposição ao paciente.


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